Metrô, Sabesp e SPTrans são as mais confiáveis, diz Ibope/Nossa São Paulo

23/01/2020

Metrô, Sabesp e SPTrans são as mais confiáveis, diz Ibope/Nossa São Paulo

Entretanto, 64% das pessoas que moram em São Paulo afirmam que, se pudessem, sairiam da cidade

Fonte: Diário do Transporte 

Proximidade com o dia a dia da população pode explicar resultado


Adamo Bazani


Entres as instituições (serviços ou empresas) que o paulistano tem mais confiança estão respectivamente o Metrô de São Paulo (72%), a Sabesp (58%) e a SPTrans – incluindo as empresas de ônibus (51%).

Os números se referem ao resultado da pesquisa “Viver em São Paulo: Qualidade de Vida” realizada pela Rede Nossa São Paulo com o Ibope e divulgada nesta quarta-feira 22 de janeiro de 2020.

Foram feitas 800 entrevistas de 05 a 19 de dezembro de 2019 com moradores de 16 anos ou mais. Esse perfil é equivalente a 9,8 milhões (9.807.023) de paulistanos, com base em dados oficiais do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística referente ao ano de 2019.

A evolução histórica da pesquisa mostra que tanto o Metrô, a Sabesp e SPTrans (serviços e empresas de ônibus) tiveram alta na comparação entres os levantamentos feitos em 2018 e em 2019, mas em relação à primeira edição, em 2008, houve queda  de confiança nestas três instituições.

As respostas positivas ocorrem mesmo com os problemas em relação aos transportes e de abastecimento e podem ser explicadas, em parte, devido à proximidade destes serviços com a população e o fácil acesso no dia a dia.

O Metrô transporta por dia, em São Paulo, 5,3 milhões de passageiros. Na região metropolitana de São Paulo, a Sabesp registra 5,9 milhões de ligações cadastradas de água. Os ônibus da capital paulista gerenciados pela SPTrans, por sua vez, transportam 9,5 milhões de passageiros por dia.

Já as instituições com menos confiança da população paulistana, segundo a pesquisa, são, Câmara Municipal de São Paulo (22% apenas confiam), TCM – Tribunal de Contas do Município (24% confiam) e Poder Judiciário (30% confiam).

Mais uma vez a proximidade destes serviços/instituições, que no caso é menor, pode explicar os números.

 

 

 

A pesquisa ainda traz outros resultados sobre a cidade.

 

– A administração municipal é avaliada como ruim/ péssima por 35%, regular por 43% e ótima/boa por 18%.

– O nível de satisfação em relação à qualidade de vida na cidade é similar ao do ano anterior: 6,5 – em 2018 era 6,3.

– 38% declaram sentir muito orgulho e 41% pouco. Já 20% afirma não sentir orgulho de morar na capital paulista.

– Oportunidades, lazer/ entretenimento e mercado de trabalho são como os aspectos considerados mais positivos da cidade, com 16%, 14% e 11% das menções, respectivamente. Seguidas de gastronomia com 10% das menções; diversidade de serviços com 8%; acesso à cultura com 7%; agitação/ correria com 6%; e acesso a bens e serviços, diversidade de pessoas e acesso a serviços de saúde com 5% cada.

– Em relação ao que a população paulistana menos gosta na cidade violência aparece em primeiro lugar com 28% das menções. Seguida de criminalidade com 17%; trânsito com 13% e desigualdade/ injustiça social com 10%.

– Esperança é o principal sentimento relacionado à cidade de São Paulo, citado por 3 em cada 10 pessoas entrevistadas. Em seguida, gratidão (19%); decepção (17%); e frustração (16%).

– 57% da população paulistana não participam da vida política no município. Mas 21% assinam petições ou abaixo-assinados; 16% compartilham notícias sobre o município pelas redes sociais; 13% compartilham notícias sobre o município por aplicativos de mensagens; e 9% participam de manifestações, protestos ou passeatas de rua.

– 91% das paulistanas e paulistanos não participaram de nenhuma atividade na Câmara nos últimos 12 meses e 63% não lembra em quem votou para vereador(a) nas eleições de 2016, enquanto 36% lembra em quem votou.