O desafio de reduzir riscos da Covid-19 para quem trabalha no transporte público

27/04/2021

Fonte: CNN

E Tem Mais

Em meio a uma pandemia que exige o distanciamento social, o transporte coletivo se torna um dos ambientes mais propícios à contaminação. Isso é o que indicam algumas pesquisas realizadas até agora, como um levantamento feito pelo Instituto Pólis que aponta uma maior incidência da Covid-19 em bairros onde mais se utiliza o transporte público em São Paulo, a maior capital do Brasil. Com isso, não é difícil concluir também que os trabalhadores desses meios de transporte, como motoristas, cobradores, metroviários e ferroviários, são também uma das categorias essenciais mais expostas ao vírus.

Um levantamento feito pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indicou que as chances de um motorista de ônibus ser infectado pela Covid-19 são de até 71%. A incidência entre cobradores e metroviários também fica acima de 50%. Foi diante desse cenário e da pressão de movimentos sindicais que o governo de São Paulo incluiu os funcionários do transporte público entre os grupos prioritários de vacinação no mês de maio.

Neste episódio do E Tem Mais, Roberta Russo fala sobre a exposição dos trabalhadores do transporte público à Covid-19. Diante de ameaças de greve e pesquisas que indicam a incidência da doença entre esses funcionários, governadores começaram, na última semana, a priorizar o grupo na fila da vacinação. Na primeira parte do episódio, participa Yuri Oliveira, pesquisador do Coppe/UFRJ e um dos autores do estudo sobre riscos de contaminação entre trabalhadores de diferentes setores. Também é entrevistado no episódio o infectologista Jamal Suleiman, do Instituto Emílio Ribas. O médico fala sobre as medidas que poderiam ser tomadas para reduzir as chances de contaminação nos meios de transporte coletivo e alerta sobre a urgência da vacinação desses profissionais.