Reajuste da tarifa de ônibus urbano deve ter valor surpreendente em 2021 por ESTE motivo

20/11/2020

Fonte: FDR

Como de praxe, anualmente as tarifas de ônibus urbanos passam por reajuste. Nos anos com calendário municipal eleitoral, porém, é comum que as reduções sejam menores em diversas regiões, afinal, é de responsabilidade da prefeitura essa tomada de decisão. Enquanto no ano passado as nove regiões metropolitanas analisadas pelo IBGE aumentaram a tarifa, neste ano, apenas três fizeram o mesmo.

Reajuste da tarifa de ônibus urbano deve ter valor surpreendente em 2021 por ESTE motivo Reajuste da tarifa de ônibus urbano deve ter valor surpreendente em 2021 por ESTE motivo (Imagem: Reprodução / Google)

“Em anos de eleição municipal, tradicionalmente não tem aumento de ônibus. O reajuste vem no ano seguinte”, explicou a economista Maria Andréia Parente, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Enquanto em 2004 o custo do transporte publico ficou abaixo da inflação média, por exemplo, no ano seguinte, a alta foi de 10,44%, quase o dobro da inflação média.

Itaú Unibanco divulgou que sua expectativa de alta na inflação é inferior a 2% neste ano. Porém, para 2021, a previsão é de 5%.

Pandemia da Covid-19 interfere no reajuste

Segundo Julia Passabom, economista do Itaú Unibanco, existe a possibilidade do reajuste ser adiado em algumas capitais por causa da pandemia. Habitualmente, esse tipo de revisão acontece no mês de janeiro de cada ano.

“Em janeiro ainda não deve ter vacina, o desemprego está muito alto, com inflação corroendo a renda das famílias. Talvez não tenha clima para fazer esses reajustes. Pode acirrar ânimos”, opina.

Ainda em relação ao 2021, pensa-se a respeito do equilíbrio financeiro das companhias, diretamente afetado pela pandemia da Covid-19.

“Não é uma variável que jogue a favor da redução do reajuste. Se a empresa não consegue gerar recursos, abala a saúde financeira da companhia com a queda do fluxo regular de passageiros. A prefeitura pode entrar com subsídios ou penalizar quem foi mais sacrificado na pandemia”, afirma André Braz, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV).