Startups criam soluções para cidades mais inteligentes

11/12/2017

Startups faturam criando soluções para cidades mais inteligentes

Cidades inteligentes usam tecnologia para ter infraestrutura mais eficiente

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

*Assista o vídeo aqui*

Quem mora em cidade grande pode citar inúmeros problemas que afetam uma metrópole: trânsito, poluição, falta de moradia, violência, saneamento básico. Nesse cenário, tem muita empresa particular trabalhando para trazer soluções e deixar as cidades mais inteligentes. Uma cidade inteligente é aquela que usa a tecnologia para tornar os serviços e a infraestrutura mais eficientes.


Stella Hiroki, professora da Faculdade de Informática e Administração Paulista, é uma especialista que roda o mundo para estudar como cidades se tornam centros urbanos inteligentes. Para ela, é preciso investir em sustentabilidade e tecnologia: “A inovação é muito importante porque é um dos pilares, uma das fontes para acontecer um aquecimento da economia”.


O empresário Julien Renault levou a sério a máxima de que não adianta só reclamar e resolveu dar uma ajuda para as pessoas em cidades grandes: “Nosso objetivo é facilitar a mobilidade urbana, de forma que as pessoas passem menos tempo esperando no ponto de ônibus, menos tempo nos seus deslocamentos”.


Julien e sua equipe criaram um aplicativo que indica quais ônibus passam em um determinado ponto e em que horário eles vão chegar. O app é gratuito e o faturamento vem de várias fontes. “A gente tem algumas atuações. Por exemplo, a recarga de bilhete de transporte quando é via cartão de crédito é cobrada taxa de conveniência. A gente tem infra para divulgar campanhas no app. Diferente de mostrar mídia, a gente busca selecionar que tipo de mídia tem ali e que tenha utilidade para o passageiro”, explica o empresário.


A tecnologia não trabalha sozinha e, para tornar uma cidade inteligente, a população também precisa colaborar. No aplicativo do ônibus, por exemplo, o usuário pode indicar problemas nas linhas, nos pontos e nos veículos e, assim, cobrar melhorias das prefeituras.


Mas não é só o investimento em mobilidade urbana que deixa uma cidade inteligente. São seis áreas de atuação:

- Pessoas para facilitar a interação entre a população.

- Moradia, com soluções para casas inteligentes e internet das coisas.

- Mobilidade e meio ambiente, para diminuir o desperdício e a poluição.

- Mobilidade para melhorar o trânsito.

- Economia para melhorar a comunicação entre pequenos comerciantes e prestadores de serviços com a população.

- Governo para tornar mais transparente a comunicação entre o poder público e a população.


“É importante um governo transparente, um governo engajado com a população, um governo que realmente não fique trabalhando apenas para colocar as leis, mas que possibilite o acesso dessas informações para a população”, afirma Stella.


O empresário Carlos Chiaradia investiu R$ 2 milhões para desenvolver uma solução diferente para o meio ambiente. Uma que nem se percebe ao caminhar pela calçada: “Todos os anos a gente vê recorrentemente problemas de entupimento em bueiro que gera alagamento, que gera enchente e aí a gente desenvolveu a solução. Para minimizar o impacto da chuva para a população”.


O equipamento é um filtro, um cestinho, que fica encaixado no bueiro, e um sensor volumétrico. Quando o cesto fica cheio, o sensor avisa. “Essa informação vem para o nosso data center, que imediatamente vai para equipe de limpeza da prefeitura, que providencia a limpeza em uma ação preventiva, evitando que aquele bueiro fique totalmente cheio”, explica Carlos.


A dificuldade foi produzir justamente esse sensor, que é o principal diferencial do equipamento. O equipamento está em fase de testes em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. As prefeituras pagam pelo número de filtros instalados. Para 2018, a empresa projeta faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões.