NOTA SPURBANUSS - RESPOSTA AO JORNAL AGORA SP

09/08/2018

Sobre a reportagem “Cresce número de queixas contra os ônibus na capital”, publicada na edição desta quinta-feira, dia 09 de agosto, no jornal Agora SP, leiam a íntegra das respostas encaminhadas pelo SPUrbanuss.


Resposta enviada em 08.08

Gostaríamos que o jornal levasse em consideração que o SPUrbanuss – Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo e as concessionárias associadas recebem e avaliam as análises sobre o serviço de transporte por ônibus encaminhadas pela SPTrans, que é o órgão contratante das empresas. Por isso, foram enviadas respostas, ontem, terça-feira, dia 07 de agosto, com base nos dados indicados nos relatórios da SPTrans. Já as informações enviadas pelo jornal não diferenciam quais são os problemas relacionadas às empresas concessionárias e quais às empresas permissionárias, que não são associadas ao SPUrbanuss.

Ressaltamos que as empresas operadoras recebem uma ordem de serviço de operação determinada pela SPTrans. É bom lembrar que a auditoria da empresa Ernest&Young, realizada em 2014, constatou que a frota operacional, monitorada pelo SIM, atende 100% ou mais da frota referência, prevista na OSO para cada área (página 52 do Relatório Final). Ou seja, as empresas colocam em operação a totalidade, ou mais, da frota programada, mas as viagens realizadas dependem das condições de circulação. Os ônibus percorrem vias onde não há tratamento preferencial, com interrupções por obras, acidentes, manifestações, semáforos embandeirados, congestionamentos de automóveis particulares, inundações e toda uma série de fatores que fogem da responsabilidade das empresas.

Sobre as reclamações dos operadores, o sistema de transporte por ônibus conta com mais de 30 mil motoristas que, diariamente, enfrentam o trânsito, a violência, barulho, falta de corredores e vias exclusivas, buracos e passageiros nervosos. As associadas continuam mantendo seus programas de treinamento e capacitação de seus profissionais, com o objetivo de qualificar e especializar os condutores.

Por fim, a melhoria dos serviços de transporte por ônibus não está atrelada a formalidades contratuais. Há um conjunto de medidas e ações que devem ser adotadas pelas empresas e, principalmente, pelo poder público para um melhor atendimento da mobilidade urbana: infraestrutura adequada para a operação dos ônibus (corredores, terminais e pontos de parada), informação aos passageiros, monitoramento da operação, por meio de um Centro de Controle Operacional, material rodante com tecnologia embarcada (WiFi, ar condicionado, sistema de informação interno sobre paradas) e profissionais qualificados.

 

Resposta enviada em 07.08

 

O último relatório encaminhado pela SPTrans ao SPUrbanuss – Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo indica que as reclamações  caíram  6,8% em junho, na comparação com o mês anterior.

Comparando-se os resultados acumulados de janeiro a junho/2018, com o mesmo período do ano anterior, houve queda de 43,7%.

No ano de 2018 foram transportados 1.383.602.165 passageiros e foram registradas 10.345 reclamações, o que equivale a 0,001% (um milésimo por cento).

Assim, não temos informações sobre o aumento do número de queixas dos passageiros dos ônibus urbanos das empresas concessionárias, associadas ao SPUrbanuss.

As informações indicadas na pauta também não nos permite avaliar se o acréscimo de queixas sobre conservação dos ônibus e conduta de operadores é referente às empresas concessionárias ou às permissionárias que não são associadas ao sindicato.

Mas, também este dado nos causa surpresa, pois os relatórios de reclamações consolidadas pela SPTrans apontam queda, quando comparados os primeiros semestres de 2017 e 2018, da ordem de 37,8%, conforme demostrados no quadro abaixo.

 

Em média, no caso das concessionárias, são menos de 80 veículos que apresentam algum problema, por dia, no universo de 08 mil veículos (ou seja, 1% do total), que rodam, aproximadamente, 1.900.000 quilômetros por dia ou mais de 550.000.000 de quilômetros, por ano. A quilometragem diária percorrida daria para fazer praticamente 05 viagens à Lua, que está a 384.400 quilômetros distantes da Terra.

Fatores como asfalto irregular do viário e, principalmente, o vandalismo, são os maiores causadores dos problemas, já que as empresas estão, constantemente, aprimorando os trabalhos de manutenção preventiva realizados nas garagens. Os ônibus são inspecionados em manutenções programadas diárias, conforme Plano de Manutenção específico para cada tipo de veículo e baseado na quilometragem acumulada.

Os ônibus das concessionárias passam, ainda, por um dos mais exigentes Planos de Vistoria de Frota do órgão gestor do município (a SPTrans), com inspeções feitas, no mínimo, a cada 180 dias (seis meses) em todos os veículos.

Por fim, o SPUrbanuss lembra que as empresas concessionárias, apesar de operarem, no momento, com contratos emergenciais, continuam cumprindo o programa de renovação de frota, mesmo enfrentando dificuldades na obtenção de financiamentos para a aquisição de novos veículos. Em menos de dois anos foram incorporados à frota do sistema mais de 2000 ônibus novos.

As associadas também continuam mantendo seus programas de treinamento e capacitação de seus profissionais, com o objetivo de qualificar e especializar os condutores.

É importante destacar que todos os operadores, em sua admissão ou durante os períodos de atualização, participam de cursos de direção defensiva, direção segura e urbanidade, além de receber orientações sobre todos os procedimentos permitidos e não permitidos na condução dos ônibus urbanos.

 

O quadro abaixo demonstra as principais reclamações referentes aos operadores e a queda de 40,8% no primeiro semestre de 2018, em comparação ao mesmo período em 2017.

 

Tipo de Reclamação

2017

2018

Var. %

Motorista não atender embarque / desembarque

4027

2417

-40,0%

Tratar o público em geral com falta de respeito

2032

1333

-34,4%

Velocidade incompatível/manobras bruscas

1436

772

-46,2%

Tratar idoso com falta de respeito

255

134

-47,5%

Passageiro especial impedido de embarcar

82

64

-22,0%

Dirigir pela segunda pista

159

51

-67,9%

Recusar em prestar informação / informação errada

120

59

-50,8%

Embarcar/desembarcar afastado da calçada

142

58

-59,2%

Total

8253

4888

-40,8%

 

As empresas operadoras não são responsáveis pela alteração de linhas e itinerários.