SPTrans homologa três empresas de tecnologia embarcada para novo sistema de transporte coletivo de São Paulo

04/11/2020

Fonte: Diário do Transporte


As empresas Noxxon, Harman (parceria com Cittati) e Etrabras receberam o Certificado de Conformidade emitido pelo Organismo de Certificação Designado pela gerenciadora

ALEXANDRE PELEGI

Dentre as oito empresas de tecnologia que estão em processo de certificação junto à SPTrans para fornecer tecnologia embarcada para o novo sistema de transporte coletivo da cidade de São Paulo, três delas foram homologadas, conforme publicação no Diário Oficial do Município (DOM) desta quarta-feira, 04 de novembro de 2020.

Como mostrou o Diário do Transporte, um dos principais destaques dos novos contratos assinados em setembro de 2019 com as empresas de ônibus, que terão validade por 15 anos, está justamente no termo “inovação”, concretizado nas ações e investimentos de tecnologia que as operadoras terão de realizar a partir de agora.

Segundo a publicação do DOM, foram homologadas as empresas Noxxon Sat Telecomunicações Ltda, Harman do Brasil Industrial Eletrônica e Participações Ltda, e Etrabras Mobilidade e Energia Ltda.

De acordo com a SPTrans, as empresas submeteram seus produtos (Equipamentos Eletrônicos Embarcados) aos testes realizados pelos Laboratórios de Testes Designados (LTD), e receberam o Certificado de Conformidade emitido pelo Organismo de Certificação Designado (OCD) TUV Rheinland Brasil, comprovando estarem aptas para instalar seus equipamentos nos ônibus do Sistema de Transporte Público Coletivo de Passageiros da Cidade de São Paulo.

Com a inovação das tecnologias embarcadas, as empresas de ônibus podem gerir melhor seus serviços, e em decorrência disso podem também melhorar a imagem do Transporte Público para o cliente do setor.

Para isso, o poder concedente – no caso a Secretaria municipal de Mobilidade e Transporte, por intermédio da SPTrans – precisa certificar os fornecedores de tecnologia dos sistemas embarcados e do sistema central.

No caso dos sistemas embarcados, as empresas de tecnologia têm de passar pelo processo de certificação junto à SPTrans. Por esse processo, as empresas de ônibus passam a ter uma garantia tecnológica de que o produto que irão adquirir é não só reconhecido pelo poder concedente, mas também será capaz de entregar os produtos para os quais foram desenhados.

O processo de certificação nada mais é que uma série de verificações que habilitam os fornecedores tanto para os sistemas embarcados, como para o fornecimento do sistema central.

As verificações são realizadas por meio de Organismos de Certificação (OCD) e Laboratórios de Testes (LTD) designados pela SPTrans. Eles analisam aspectos funcionais e não funcionais descritos no edital de concessão do transporte público municipal paulistano.



SITUAÇÃO DE FEVEREIRO

A última informação do processo de certificação a que o Diário do Transporte teve acesso foi em fevereiro de 2020, por meio de um relatório da empresa certificadora Tuv Rheinland Brasil, que mostrava o estágio do processo.

A SPTrans confirmou na época a veracidade do documento.

O processo de certificação, para ser concluído, precisa passar por três fases.

Na Fase 1, ocorre a entrega das documentações das empresas a serem certificadas para o fornecimento da tecnologia embarcada e suas soluções.

Na Fase seguinte, de número 2, são realizados testes laboratoriais da solução embarcada proposta, bem como é feita a análise de seus resultados.

Na Fase 3, que finaliza o processo, são realizados testes de integração entre a tecnologia embarcada proposta e o atual sistema central da SPTrans, o SIM (Sistema Integrado de Monitoramento) – eles precisam “conversar entre si” -, bem como análise de seus resultados.

Superadas essas três fases, a empresa de tecnologia poderá ser certificada pelo OCD (Organismo de Certificação) e homologada pela SPTrans.

SITUAÇÃO DAS EMPRESAS

Como se pode ver pelo relatório, até a data de 04 de fevereiro de 2020 (portanto esse status poder ter avançado mais em alguns dos casos abaixo), a situação de cada empresa de tecnologia no processo era a seguinte:

TACOM BILHETAGEM INTELIGENTE LTDA = Fase 1 (com pendências)

NOXXON SAT TELECOMUNICAÇÕES LTDA = Fase 2 (em andamento)

ETRABRAS MOBILIDADE E ENERGIA = Fase 2 (em início)

HARMAN DO BRASIL/CITTATI = Fase 3 (em início)

M2M SOLUTIONS = Fase 2 (pendente de início)

VOITH TURBO LTDA = Fase 1 (em andamento)

PRODATA MOBILITY BRASIL S.A. 2 – Fase 1 (em andamento)

PRODATA MOBILITY BRASIL S.A. 1 – Fase 2 (em andamento)