DOCUMENTO OFICIAL: Ônibus elétricos vão gerar às viações subsídio até 32% mais alto que ônibus a diesel em São Paulo, define Nunes em publicação no Diário Oficial

04/12/2023

Fonte: Diário do Transporte

Preço deste tipo de ônibus pode ser entre três e cinco vezes maior; Empresas de transporte terão de fornecer à SPTrans cronograma de substituição de modelos a diesel por elétricos

As empresas que operam o transporte coletivo na cidade de São Paulo vão receber da prefeitura uma subvenção entre 21% e 32% maior para cada ônibus elétrico em comparação com os veículos movidos a óleo diesel.

Os valores foram publicados nesta segunda-feira, 04 de dezembro de 2023, no Diário Oficial da Cidade, e são trazidos em primeira mão pelo Diário do Transporte.

A última previsão do prefeito Ricardo Nunes, de 600 ônibus deste tipo até o fim deste ano de 2023, caiu por terra. São apenas 69 ônibus elétricos com baterias e 201 trólebus. O sistema de trólebus está implantado desde 1949 e Nunes já sinalizou a intenção de descontinuar a rede.

Na verdade, o número de 600 é até uma redução em relação aos anúncios anteriores.

A previsão para este ano passou de 1,6 mil ônibus elétricos para 800, depois para 650, até chegar a 600, mas se concretizou apenas em 69

Para até o foim de 2024, são previstos 2,6 mil ônibus eléricos.

A portaria com as regras para a compra destes ônibus e recebimento de valores traz a relação dos preços máximos estimados para os veículos a diesel e elétricos, de acordo com as categorias de modelos.

O preço deste tipo de ônibus pode ser entre três e cinco vezes maior.

No caso de um articulado de 21 metros, enquanto o preço foi estipulado em R$ 1,35 milhão para os modelos a diesel, um elétrico custa R$ 4,1 milhões.

Já quanto ao midi, que é o micrão, a menor categoria disponível no mercado de elétricos, enquanto um a diesel sai por R$ 496 mil, o modelo movido com baterias tem um preço em torno de R$ 2,3 milhões.

As viações terão de fornecer à SPTrans cronograma de substituição de modelos a diesel por elétricos até 31 de agosto de cada ano.

A portaria diz ainda que parcela do ônibus a ser subvencionada não poderá ser superior à diferença entre os preços de referência do ônibus elétrico e do ônibus a diesel.

O documento ainda determina que as empresas terão de negociar com as fabricantes os menores valores.

Como tem mostrado o Diário do Transporte, para bancar a diferença para as empresas entre os ônibus a diesel e os elétricos, a prefeitura de São Paulo reservou R$ 2,5 bilhões no projeto de lei do Orçamento de 2024 está captando R$ 5,75 bilhões em financiamentos de diversas fontes, inclusive internacionais.

FINANCIAMENTOS: R$ 5,75 bilhões em financiamentos sendo

– R$ 2,5 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)

– R$ 2,5 bilhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do Banco Mundial

– R$ 250 milhões do BB (Banco do Brasil)

– R$ 500 milhões da CEF (Caixa Econômica Federal)

CONTRAPARTIDA da PREFEITURA

– R$ 165 milhões:

EMPRESAS DE ÔNIBUS COM SUBSÍDIOS MAIORES:

– R$ 2 bilhões, mas as viações vão receber subsídios maiores pelos ônibus elétricos.

 

ÔNIBUS ELÉTRICOS EM SÃO PAULO:


DE ONDE VEM O DINHEIRO PARA ÔNIBUS ELÉTRICOS EM SÃO PAULO:

Na prática, as empresas de ônibus não vão desembolsar nada para a eletrificação da frota na cidade de São Paulo nesta primeira fase.

Isso porque, a meta de 2,6 mil ônibus elétricos até o fim de 2024 deve custar em torno de R$ 8 bilhões.

A prefeitura obteve R$ 5,75 bilhões em financiamentos de diversas fontes, vai injetar R$ 165 milhões dos cofres públicos como contrapartida e os cerca de R$ 2 bilhões restantes seriam arcados pelas empresas, mas elas serão subsidiadas.

A SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia o sistema de transportes na cidade de São Paulo, em 13 de setembro de 2023, informou ao Diário do Transporte que a s empresas pelos ônibus elétricos vão contar com subsídios 15% maiores.

A informação foi confirmada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, em entrega das 50 primeiras unidade de ônibus elétricos no dia 18 de setembro de 2023.

Assim, os recursos serão divididos em:

FINANCIAMENTOS: R$ 5,75 bilhões em financiamentos sendo

– R$ 2,5 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)

– R$ 2,5 bilhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do Banco Mundial

– R$ 250 milhões do BB (Banco do Brasil)

– R$ 500 milhões da CEF (Caixa Econômica Federal)

CONTRAPARTIDA da PREFEITURA

– R$ 165 milhões:

EMPRESAS DE ÔNIBUS COM SUBSÍDIOS MAIORES:

– R$ 2 bilhões, mas as viações vão receber subsídios maiores pelos ônibus elétricos.

A SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia o sistema de transportes na cidade de São Paulo, em 13 de setembro de 2023, informou ao Diário do Transporte que a s empresas pelos ônibus elétricos vão contar com subsídios 15% maiores.

A informação foi confirmada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, em entrega das 50 primeiras unidade de ônibus elétricos no dia 18 de setembro de 2023.

ADAMO BAZANI

Colaborou Arthur Ferrari